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Santa Catarina, 22 de Setembro de 2025

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» Workshop sobre Monitoramento Hidrometeorológico na Bacia do Itapocu é realizado em Schroeder

O evento foi iniciado pelo Diretor de Defesa Civil de Schroeder, Sérgio Rosnir Voigt, que apresentou a estrutura atual de defesa civil do município. Sérgio elucidou que a defesa civil de Schroeder foi criada no ano de 1973 e desde 2005 vem sofrendo reestruturações a fim de suprir a emergente demanda de ocorrências pertinentes à mesma, principalmente após a ocorrência dos desastres climáticos que assolaram o estado de Santa Catarina em 2008. Entre as principais medidas que vem sendo tomadas pode-se salientar a realização de cadastros, a partir de 2010, junto ao CEMADEM (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas e Desastres Naturais) para a instalação de pluviômetros semi-automáticos e automáticos nas comunidades; um levantamento das áreas de risco no município que culminaram na elaboração de um mapa de vulnerabilidade, com a identificação de 40 áreas com seus graus de risco e sugestões de ações de prevenção, por meio da CPRM (Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais) em 2012 e, a promoção da instalação de uma estação hidrometeorológica automática em parceria com a EPAGRI. Na sequência, o consultor da AMVALI, Paulo de Almeida, convidou, os palestrantes desta ocasião, Nelso Figueró (EPAGRI), Guilherme Xavier de Miranda Junior (EPAGRI/CIRAM), Hamilton Justino Vieira (EPAGRI/CIRAM) e Kristian Robson Iachinski (Defesa Civil Jaraguá do Sul), respectivamente, a conduzirem as suas apresentações. Os temas abordados no decorrer do workshop foram os seguintes: 1. Rede ANA Nelso Figueró, Analista de Pesquisa e Gestor de Contratos da EPAGRI e Gestor da Rede ANA de Monitoramento de Santa Catarina discorreu sobre a Rede ANA (Agência Nacional de Água) de Modernização das Estações Hidrológicas e Telemétricas na vertente atlântica do litoral de Santa Catarina. Segundo Nelso, o monitoramento desta rede vem sendo realizado pela EPAGRI desde 2002, através de 90 estações convencionais de medição pluviométricas e fluviométricas conjuntamente a 25 estações telemétricas. As estações telemétricas diferenciam-se das convencionais por serem automáticas, sendo a sua transmissão via satélite GOES (satélite americano). Estas medem de 15 em 15 minutos o nível dos rios e transmitem, de hora em hora, os dados para a EPAGRI/CIRAM, proporcionando auxílio frente a catástrofes naturais. Há previsão para duas estações telemétricas estarem funcionando a partir de agosto na nossa região, uma situada em Jaraguá do Sul e outra em Schroeder. 2. Sala de Situação A seguir o Engenheiro Agrônomo da EPAGRI/CIRAM, Guilherme Xavier de Miranda Junior, abordou sobre a Sala de Situação, que refere-se a uma ferramenta responsável pelo monitoramento hidrometeorológico de eventos críticos que surgiu após os eventos climáticos de 2008. Seu monitoramento é realizado 24 horas por dia, durante sete dias por semana, a fim de verificar as condições de níveis hidrológicos, de rios, chuvas e de estiagem. Em Santa Catarina, esta sala foi doada pela ANA, estando localizada junto a sede da EPAGRI/CIRAM, no município de Florianópolis. Outros 20 estados do Brasil também foram contemplados, cada um com uma unidade. A sala já vem monitorando 19 estações localizadas no estado e a partir de agosto deste ano serão mais 11 estações telemétricas que serão instaladas no oeste com o intuito de realizar o monitoramento da estiagem. 3. Projeto MDA Reconstrução O workshop prosseguiu com a apresentação do Dr. Hamilton Justino Vieira (EPAGRI/CIRAM) das estações da EPAGRI e do Projeto MDA (Ministério de Desenvolvimento Agrário) Reconstrução. Hamilton salientou que o MDA Reconstrução trata-se de um projeto criado para ofertar subsídio às famílias rurais afetadas pela adversidade climática causada pelas fortes cheias de 2008 no litoral centro, vale do Itajaí e litoral norte catarinense. Em sua explicação, houve ênfase no tange ao seu trabalho realizado por intermédio das estações agrometeorológicas já implantadas. Estas são relevantes, pois permeiam dados de temperatura, umidade relativa, precipitação, molhamento foliar, arbitrando as condições mais favoráveis para determinadas culturas características de certas regiões. 4. Sistema ACQUA Na sequência, o Agente em Operações Especiais da Defesa Civil de Jaraguá do Sul, Kristian Robson Iachinski ministrou uma apresentação sobre o Sistema de Monitoramento Hidrometeorológico "ACQUA" que vem sendo empregado pela Defesa Cívil em Jaraguá do Sul, para prevenção contra cheias. O Acqua diz respeito a um sistema privado, desenvolvido e implantado pela empresa Malwee Malhas que possibilita o monitoramento dos rios no contorno da empresa. O sistema é aberto e possibilita o investimento de novas estações. Também pode ser aderido por qualquer pessoa, contanto que se tenha um "iPad" da "Apple" e conexão a internet, possibilitando o acesso à dados do nível do rio a qualquer momento do dia, além de ser integrado ao "twitter", viabilizando uma fonte de comunicação rápida em casos de ocorrência de cheias. Segundo Kristian, o atrativo deste sistema está vinculado à menor relação custo-benefício (aproximadamente R$ 60.000,00) para a implantação do mesmo por este já ser existente, contrapondo-se à criação de um novo sistema, que sairia em torno de R$ 500.000,00, o que levou a Defesa Civil a optar pelo uso do ACQUA. A Prefeitura de Jaraguá do Sul através da Defesa Civil quer adquirir novas estações a fim de implementar o sistema, possibilitando o monitoramento dos rios Jaraguá e Itapocu, além do rio localizado na divisa entre Jaraguá do Sul e Schroeder. Atualmente, em Jaraguá do Sul a Malwee tem cinco estações, a empresa Arroz Urbano uma estação e a prefeitura quer implementar três estações. Cada estação ACQUA pode conter diferentes sensores: Pluviômetro (para medir a quantidade de chuva); Fluviômetro (para medir nível do rio); Higrômetro (Umidade relativa do Ar); Termômetro (para medir temperatura); e Anemômetro (para medir as variáveis da velocidade do vento). Por fim, após o término das apresentações iniciou-se um debate que definiu dois encaminhamentos, um de cunho técnico e outro de cunho institucional: o primeiro teve o intuito de organizar a equipe técnica para obter um consenso no que cerne a necessidade de como poder disponibilizar de forma compatibilizada os dados de monitoramento obtidos pelas estações hidrometereológicas existentes para ofertar melhor facilidade à população; já o segundo objetivou verificar a possibilidade de convênio para manutenção das estações entre a EPAGRI/MDA Reconstrução e a AMVALI. - 07/05/2013

[Comitê do Rio Itapocu]

Fonte:http://www.amvali.org.br/conteudo/?item=444&fa=1&cd=52717

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